IMAGINÁRIO EM PERPÉTUA CRIAÇÃO
A Música das Esferas em gustav Holst
ou "como os planetas também podem dançar"
Eduardo Berlim
1/8/20251 min read
Gustav Holst foi um compositor, arranjador e professor inglês, nascido na Londres do século XIX. Seu trabalho mais famoso é certamente a suíte The Planets, consistindo em pequenas suítes dedicadas a cada um dos sete planetas do Sistema Solar conhecido em sua época (excetuando-se a Terra).
Neptune é a última parte de sua suíte e carrega uma harmonia misteriosa por si só, trabalhando uma harmonia que se concentra em uma sequência de acordes bastante incomum: Sol sustenido menor (G#m) e Mi menor (Em). Essa misteriosa combinação parece ter sido propositalmente utilizada para gerar um mistério a respeito do “último planeta conhecido” (Plutão não havia sido descoberto na época de Holst) e do limite dos planetas que orbitavam o Sol.
Tonalidades de notas pálidas e crescentes permeiam a música, que trabalha com dissonâncias sutis que incomodam “sem incomodar”. Instrumentos de sopro e vozes humanas trabalham de forma sublime por toda a suíte, que ganha tonalidades de curiosidade conforme caminha para seu fim.
A influência de Holst é gigantesca na música moderna, especialmente nas trilhas sonoras do premiadíssimo John Williams. Para se ter ideia, a harmonia de Neptune é a mesma utilizada no início da Imperial March de Williams. Além disso, originalmente a suíte Mars seria parte da trilha sonora da franquia Star Wars, o que ajudou a reforçar uma influência de Holst nos filmes.
Mesmo sem qualquer influência esotérica aparente, The Planets parece perfeita para ser usada nos mais variados trabalhos de magia planetária e servem perfeitamente para trabalhos de meditação. Neptune, especificamente, pode ser facilmente utilizada como um transe rumo ao desconhecido... Uma experiência que eu recomendo.
