IMAGINÁRIO EM PERPÉTUA CRIAÇÃO
A Lista e o Magista
faça uma lista dos grandes magistas...
Eduardo Berlim
1/8/20251 min read
Oswaldo Montengro é outro compositor brasileiro que dispensa apresentações (ou, ao menos, deveria). Em meio a muitas músicas que traduzem belíssimos sentimentos como “Leo e Bia”, “Bandolins” e “Quando a gente ama”, ou outras que buscam o complexo humano como “A Lógica da Criação”, “Quebra-cabeças sem luz” e “Sem Mandamentos”, existem duas de suas obras que se destacam, em minha opinião: “Metade” e “A Lista”.
Metade é um poema (um tanto famoso, acredito) que começa com:
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...
Já ‘A Lista’ me parece muito mais que uma canção: me parece um convite. Se autoconhecimento é um dos maiores deveres de quem segue o caminho da arte, eu diria que este exercício é essencial para conhecermos nossa própria história.
